Com Nelsinho de saída, tucanos organizam ocupação do PSD em MS

Barbosinha será o primeiro a desembarcar no PSD

Divulgação Com Nelsinho de saída, tucanos organizam ocupação do PSD em MS

O PSD deverá ser a segunda casa dos tucanos em Mato Grosso do Sul. O partido é o quarto maior do País, considerando o número de deputados federais, mas no Estado está cada vez menor, o que tem gerado atenção do diretório nacional.


Comandado por Nelsinho Trad em Mato Grosso do Sul, o partido vive uma crise, perdendo lideranças em todo o Estado. Nelsinho chegou a ser convidado por Jair Bolsonaro para se filiar ao PL, mas adiou a ida, alegando que organizaria o partido para a eleição deste ano. Todavia, vive uma crise no partido, com acusações de que está abrindo mão de candidaturas para apoiar o PSDB e, consequentemente, os interesses dele, que pretende se reeleger em 2026.


 A capital foi um exemplo desta insatisfação com Nelsinho na liderança. Pedrossian Neto chegou a anunciar candidatura na Capital, mas viu Nelsinho antecipar sua desistência. Em nota, ele disse que Nelsinho estava traindo a maioria no PSD.


PSDB de olho no PSD


Com a saída de Nelsinho cada vez mais perto, o PSD virou área de interesse de lideranças do PSDB, que pode assumir o comando do partido em Mato Grosso do Sul. Nacionalmente, o PSDB não vive boa fase e elegeu apenas 13 deputados federais no País, o que lhe garantiu apenas a décima maior bancada. O partido já chegou a eleger 99, em 1998.


É grande, inclusive, a possibilidade de fusão do partido com o próprio PSD, o que já está fazendo o ninho tucano se antecipar. O primeiro a puxar a fila é o vice-governador, Barbosinha, que está de saída do PP.


Barbosinha será o primeiro, de uma fila que deve aumentar, com a aproximação de tucanos com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.  O PSD elegeu a quinta maior bancada de deputados da Câmara, com 42 vagas, atrás apenas de PL, PT, PP e União Brasil, o que lhe garantirá um bom fundo partidário e tempo na propaganda eleitoral.


Quinto maior do País, o PSD não repete o sucesso em Mato Grosso do Sul, onde tem Nelsinho no Senado, nenhum deputado federal e apenas um deputado estadual. Além disso, não conta com favoritos para eleição de prefeitos em outubro. O partido chegou a ter pré-candidatos em Ponta Porã, Corumbá e Maracaju, mas Nelsinho preferiu fechar apoio ao PSDB nestes municípios.