Nem sempre é só uma dor: veja 7 sinais de alerta do AVC

Cefaleia súbita, dificuldade para falar e fraqueza de um lado do corpo são alguns dos sinais de AVC ou derrame

Nem sempre é só uma dor: veja 7 sinais de alerta do AVC AVC é a segunda maior causa de morte no mundo, correspondendo a cerca de 11% do total de óbitos.

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame, é uma condição médica séria que pode ter consequências devastadoras se não tratado. Reconhecer os sinais de alerta é crucial para buscar ajuda médica imediata, pois o tempo é essencial para minimizar as possíveis sequelas.


O AVC ocorre quando os vasos sanguíneos que fornecem sangue rico em oxigênio ao cérebro ficam obstruídos ou se rompem, resultando na paralisia da região cerebral privada de fluxo sanguíneo.


O AVC é a segunda maior causa de morte no mundo, correspondendo a cerca de 11% do total de óbitos. Já no Brasil, o AVC é a principal causa de morte na população do país. De acordo com dados do Sociedade Brasileira de Cardiologia, de janeiro a abril de 2024, o AVC atingiu 117.900 vítimas de forma fatal. 


Neste artigo, vamos destacar 7 sinais de alerta do AVC que você deve conhecer para estar preparado e agir com rapidez em caso de emergência.


Tipos de AVC 


Existem dois tipos de Acidente Vascular Cerebral e cada um deles com causas distintas:


AVC Isquêmico: de acordo com o Ministério da Saúde, o AVC isquêmico corresponde a 85% de todos os casos. O AVC isquêmico é consequência de um evento que leva à interrupção do fluxo sanguíneo a uma área do cérebro, esse evento pode ser local, como a trombose de uma grande ou pequena artéria, ou ser causado por um êmbolo que viaja pela circulação e impacta em alguma artéria do cérebro.


AVC Hemorrágico: esse tipo de AVC ocorre em 15% dos casos, no entanto, ainda de acordo com o Ministério da Saúde, pode levar mais frequentemente ao óbito em comparação com o AVC isquêmico. Essa causa de AVC ocorre quando há ruptura de um pequeno vaso cerebral ou a ruptura de um aneurisma levando a hemorragias.


O AVC pode ainda ser silencioso em razão da ocorrência de pequenas isquemias ou pequenas hemorragias que não são reconhecidos clinicamente. Esses episódios apontam a necessidade de investigação e implementação de medidas de prevenção adequadas, através de uma anamnese direcionada é possível identificar os pacientes com suspeita de AVC, e confirmado por um exame de imagem (tomografia, ressonância magnética ou arteriografia cerebral) do cérebro e, sempre, dos vasos.


7 sinais de alerta do AVC


Em muitos casos, o AVC pode ser silencioso, por esse motivo, estar alerta aos sintomas é muito importante para agir nos primeiros sinais. Os sintomas do AVC dependem da área do cérebro afetada, ele explica que de forma geral os sinais mais importantes e que causam maiores incapacidades na pessoa acometida são:


1 – Fraqueza de algum lado do corpo;


2 – Dificuldade para falar e/ou para compreender;


3 – Perda súbita de equilíbrio, Vertigem;


4 – Perda visual;


5 – Desvio da boca;


6 – Comprometimento da sensibilidade;


7 – Cefaleia súbita (nos casos de hemorragia ocorre uma dor de cabeça explosiva, descrita como a pior da vida.)


É importante frisar a natureza súbita da instalação desses sintomas e isso nos faz pensar na possibilidade de um AVC, tal qual infarto do miocárdio ou embolia pulmonar, trata-se de um evento agudo.


O que fazer quando suspeitar de um AVC


Tratamento do AVC


O tratamento rápido pode fazer uma grande diferença na recuperação após um AVC. Em situações de AVC isquêmico, se forem cumpridos os critérios de tempo apropriado, existe a oportunidade de utilizar trombolíticos (medicamento que tem a função de desfazer um trombo ou coágulo sanguíneo) ou, nos casos em que há obstrução de grandes vasos, a opção de realizar uma trombectomia mecânica (procedimento com o objetivo de desobstruir e restaurar o fluxo sanguíneo para o cérebro) por meio de um cateterismo.


Diante de um quadro de AVC hemorrágico, medidas urgentes são necessárias, incluindo o controle imediato da pressão sanguínea, neutralização dos efeitos de anticoagulantes e intervenção no aneurisma causador, seja através de técnicas de cateterismo ou cirurgia convencional", afirma o Dr. Eduardo Henrique Curado Elias.


Um AVC que não recebe a devida atenção no momento certo pode ter consequências graves. Após o tratamento inicial, muitas pessoas que sobrevivem a um AVC precisam de reabilitação para recuperar as funções perdidas. Isso pode incluir fisioterapia, fonoaudiologia e reabilitação neuropsicológica, dependendo das necessidades individuais do paciente.


Como prevenir um AVC


Depois do episódio de um AVC é fundamental implementar medidas para prevenir a ocorrência de outro. Isso pode envolver o controle de fatores de risco, como:


A hipertensão arterial é o principal fator de risco para o AVC. Cessar o tabagismo também ajuda a evitar até 90% dos AVCs.


As unidades de emergência do Hospital Proncor possuem protocolos específicos para AVC e Infarto, que visam proporcionar um atendimento mais eficiente e seguro, com a capacidade de identificar prontamente situações críticas.

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